Agrupamento de Escolas da Ericeira

Clube Jovens Poetas

tens contigo um sonho. sei seguramente que o
tens, que esse sonho existe. para bem de ti,
vira o tempo a teu favor, repara no que a
maioria ignora, pequenas coisas,
mas constantemente coisas ou algo mais,
reforça a tua força fundamental,
persegue possibilidades de lés a lés,
e qualquer que seja a ambição,
o sonho, a sina, a sorte,
que te baste aquilo que for,
que te baste ser quem és.

Maria Manuel P. Reis

Poema a partir da crónica de José Saramago, As Palavras: 

“As palavras são boas. As palavras são más. (…)”

                                    – José Saramago

AS PALAVRAS 

As palavras são suaves como o algodão
Mas duras como rochas.
As palavras são boas.
As palavras são más.

As palavras são altas,
Gritam, riem-se, choram
As Palavras são GIGANTES.
As palavras são pequenas.
As palavras são mudas
Comunicam-se com gestos,
Letras ou dança.
As palavras são arte.
As palavras são um mundo
Real ou imaginário.
As palavras são nossas amigas
Fazem-nos chorar e rir e estarão
Sempre connosco.

Sara Santos, 9º C
 
Poema baseado na canção “Voar” dos Xutos & Pontapés:
 
VOAR
Eu estava na escola a rir e a andar
Tinha caído mas queria me levantar
Com os pés e com as mãos queria me desenrascar
E um anjo da guarda apareceu para me ajudar.
Gosto que apareçam coisas inesperadas
A voar pelo céu sem risco de se magoarem
Não sei como foi o meu anjinho parar
Neste mundo tão perigoso, sozinho não andarás,
Comigo, sempre juntos, ser como tu é tão incrível como sonhar
Os dois neste país tão pequeno a voar
parece que estou a sonhar.
A minha mãe ali em casa
E eu aqui em cima
Num sonho sem fim
Lado a lado com o anjinho,
Foi tudo um sonho, quero dormir.
Lucas Lopes, 5º C
 
A partir de dois títulos, de dois poemas, de dois poetas escolhidos pela aluna…
OUVIR ESTRELAS (título de Olavo Bilac)
Toda noite ouço rumores
será dos ventos
será das dores
Toda noite ouço rumores
mas são as estrelas cantando
e me guiando em um caminho
cheio de cores
Eu as ouço eu as vejo
suas constelações eu almejo
Sou de Câncer e desejo
ser uma constelação de Caranguejo
Ouvindo suas canções durmo ao relento
em um céu limpo adormeço no sereno.

 

CHUVA DE SETEMBRO (título de Eugénio de Castro)
Aventuras, Histórias pra contar
memórias para guardar
e lembranças para recordar
Cada gota da chuva guarda uma memória
e nela ficam nossas histórias e dias de glória
Chuva de setembro
mesmo sendo novembro
As folhas caem com o vento que as leva
Ah, outono, essa paleta de cores da terra
uma estação severa,
porém bela.
Rayssa Pereira, 8ºB 

O Palhaço Chorão
Era uma vez um palhaço chorão.
Sempre que abraçava alguém, desatava a chorar!
Sempre fazia piadas e patetices, e quando aplaudiam… desatava a chorar!
Quando caía… Adivinha??… Desatava a chorar!!
Quando o circo abria… choro… quando fechava… Muito choro!!!!
Chorava e chorava, mas sempre a sorrir!! Seu rosto sempre está vermelho e inchado de tanto chorar!…
Por isso, sempre bebe muita água, de tanto chorar…
Ele é muito tímido, alegre, chorão, brincalhão…
Uma vez perguntaram-lhe: “Palhaço chorão, porque choras tanto?”, e ele nem conseguia falar de tanto chorar!
Sempre a chorar e a chorar, sempre a brincar e a brincar… este palhaço nunca muda!!!
Gabrielly Fortes, 6ºD

 

Do livro “Rosa, minha irmã Rosa” de Alice Vieira, e a partir de um excerto do terceiro capítulo, a imaginação fez o resto…
(…) Quando estou triste, gosto de ter flores ao pé de mim. Mas não é preciso que cheirem ou que sejam daquelas de pés muito altos a dormir…
… somente precisam ser flores, bonitas. Uma coisa que a minha irmã não é. A Luísa também não é bonita, ela é uma colega minha, é muito chata, poderia não ter uma única alma naquela sala, gostaria que todos desaparecessem.
O que nasceu primeiro? O ovo ou a galinha? Eu acho que é a galinha mas a Rita acha que é o ovo, ela é meio burra, igual à minha tia Magda, parece que não têm cérebro, ao menos o pai e a mãe têm cérebro, mas são chatos.
Ontem, enquanto andava pelas ruas, encontrei a minha avó. Ela é a amante do senhor João, talvez seja por causa disso que ele me dá cromos a mais. Gosto dele. Mas também gosto do Pedro, gosto de passar tempo com ele, a voz dele faz-me ter sono.
Isabela Rosu, 9ºC

 

Mas sim, eu acho que não gosto da minha irmã, ela é muito feia.
Entretanto, decidi ir ter com a minha amiga Rita, contar-lhe que não gosto da minha irmã, mas a Rita achou um pouco triste uma irmã não gostar da outra, então ela contou aos meus pais e depois os meus pais falaram comigo e, claro, tive de explicar o porquê de não gostar da minha irmã.
Eles falaram comigo e explicaram-me que toda a gente é diferente, e que não é só porque a minha mana é feia que eu tenho de não gostar dela.
E assim foi.
Percebi que a minha irmã não é assim tão feia, então decidi abraçá-la e começar a brincar com ela.
Uns anos depois, a minha irmã cresceu, e eu também, e tornámo-nos melhores amigas.
Eu adoro a minha irmã, ainda bem que tive aquela conversa com os meus pais, e obrigada Rita por teres avisado os meus pais!
Ema Gil, 5ºD

 

Sinceramente, não gosto da minha irmã, mas é a minha irmã!
Os meus pais tentam fazer eu gostar dela, mas não dá. Ontem, estava eu a brincar e a minha irmãzinha, a Alice, ficou muito barulhenta.
Fiquei chateada e comecei a ralhar com ela. A Alice começou a chorar como se estivesse magoada. Obviamente, os meus pais vieram a correr e quando a viram a chorar meteram-me de castigo no meu quarto.
Não sabia se estava triste, zangada ou se estava magoada. Observei os cromos em cima da mesa de cabeceira, não pensei duas vezes, e fui lá. Terminei de colar, olhei em redor e vi uma rosa meio murcha; reguei-a e os dias foram passando, a rosa ficou cada vez mais bonita, eu a cuidar dela, e a rosa a deixar-me cada vez mais feliz.
Um dia mais tarde, estava eu a brincar com a Rita quando a minha irmã chegou. Fiquei contente, mas ao mesmo tempo triste. Olhei para a minha rosa e imaginei que era a minha irmã; só precisava de amor para eu enxergar a sua beleza natural. Peguei a Alice no colo e ela começou a rir-se, fiquei bem feliz. Fomos brincar e brincar, como se o tempo não passasse e as nuvens não andassem!
Marina Simone, 5ºD

 
DO BAÚ DOS TÍTULOS TROCADOS:

LÁGRIMAS DE ALEGRIA

Umas lágrimas geralmente

são de tristeza, frias e

sem rumo para ir, sem

saber para que lado seguir.

Mas às vezes há exceções,

podem ser extrema alegria

que qualquer um a ouviria,

e mesmo sem som têm o seu dom.

 

Quando uma lágrima de

alegria escorre pela nossa cara,

sentimo-nos como nunca, eu

sinto-me única.

 

Eu penso como evitá-la,

mas ela nunca falha,

está sempre lá,

nunca se atrasa,

não há nada que lhe valha.

Sofia Pinheiro, 7ºA
 

O FLOCO DE NEVE

O floco de neve anda

sempre a queimar

ele gira tanto que

começa a chorar.

 

Ele não sabe o que

sentir, ele não sabe

o que falar, talvez

ele só queira amar,

ou então odiar.

 

O floco é frio

mas lindo, é calado

mas animado, e tudo

o que ele faz é sentir

o que ele desconhece.

 

A neve o abraça

mas também o disfarça

a neve é o seu mundo,

o seu sonho.

 

Ele cai do céu como

uma pena, mas nunca

se chateia.

Laura Almeida, 7ºA
 

A PARTIR DE JOSÉ SARAMAGO:

AS PALAVRAS
As palavras são como reis, rainhas, príncipes e princesas e todo o mundo é o seu reino, as palavras são tão queridas como água num deserto, tão amadas como aquela paixão de verão, as palavras são tão conhecidas como o final de um filme que podemos ver, e ver, até decorarmos todas as falas. Dizê-las pode ser tão fácil como respirar, mas há sempre umas em que a sua facilidade de falar depende bastante de como, quem e às vezes até de quando as dizemos, aprendê-las é uma das coisas mais importantes e poderosas que algumas pessoas poderiam aprender, algumas palavras poderiam causar grandes estragos na cabeça de alguém. Enfim, para algumas pessoas, sem palavras significa sem batimentos no seu coração.

Sofia Pinheiro, 7ºA

 

AS PALAVRAS

Eu adoro observar o céu cheio de estrelas, o céu com nuvens, o céu limpo e o céu de palavras onde podemos voar e abraçar as palavras fofas, amorosas, apaixonadas, podemos brincar com as palavras brincalhonas, rir, correr, brincar, podemos chorar com as palavras tristes, depressivas, entre outras. O mundo das palavras é diverso, misterioso e sombrio, mas também incrível e maravilhoso.

Nós usamos as palavras para tudo, até neste texto sobre as palavras usando palavras, as palavras.

Laura Almeida, 7ºA

POESIA LIVRE: 
 

O LADO DOCE DA CHUVA

A doce chuva
Poucos conseguem apreciar tamanha doçura
Esses poucos são os que veem as maravilhas da chuva
E percebem que ela é uma melodia pura
Quando se trata de chuva não sou nada madura
Eu ainda adoro dançar à chuva
E quem não adora a melodia da chuva com uma boa leitura
Não me julguem por adorar tão pura melodia
Ela toca-me suavemente o cabelo
E molha delicadamente a minha face
O som dela a bater nas poças é tão belo
Fecho os olhos e sorrio
E àqueles que não conheciam
Fico feliz em apresentar
O lado doce da chuva

Diana Costa, 6ºD
 

LÁGRIMAS  
Lágrimas que escorrem da nossa face
Pequenas gotas de sentimentos complexos…
Lágrimas que nos fazem aprender e viver
Lágrimas que nos dão alegria
Lágrimas que nos dão tristeza
Lágrimas que nos lembram do passado
Lágrimas que nos dão medo
Lágrimas que guardam misturas de sentimentos
Lágrimas que nos mudam para sempre.
Lágrimas como nuvens carregadas, que despejam água
para se aliviarem do peso.
Lágrimas, carregadas de sentimentos misturados e complexos…
Lágrimas que nos fazem viver.
Gabrielly Fortes, 6ºD
 
POEMA  BASEADO NA CANÇÃO VOAR, XUTOS & PONTAPÉS:

MEU SONHO É VOAR

Todos os dias olho a janela, olho os pássaros a voar,
olho as crianças a brincar…
Queria tanto voar, ser livre!! Mas minha mãe não deixa…
Queria ser astronauta e sair deste mundo,
mas o meu país não me deixa.
Ao brincar lanço aviões de papel e os vejo a voar,
queria ser um pássaro, sair a voar.
Se não posso ser astronauta, se não posso ser pássaro,
queria ser piloto e voar.
Se não posso voar, o que faço??
Às vezes não consigo dormir, fico a chorar.
O meu quarto é o meu mundo, é o meu lugar de sonhar.
Minha mãezinha me consola e me ajuda,
ainda tenho esperança e continuo a sonhar.
Gabrielly Fortes, 6ºD

 

A PARTIR DO LIVRO A HISTÓRIA DE ERIKA E DE ATIVIDADES ALUSIVAS A 27 DE JANEIRO, DIA INTERNACIONAL EM MEMÓRIA DAS VÍTIMAS DO HOLOCAUSTO:
Um caminho para a vida
Uma rua sem saída
É ir em frente ou desistir
O importante é tentar
Para ter uma chance de conseguir
Presos sem condições de viver
É tão desumano o que chegou a acontecer
Chega a ser estúpido o quão ignorante as pessoas podem ser
27 de janeiro é um dia que tem de ser lembrado
Mostrar o crime que foi cometido
Para não repetirmos os mesmos erros do passado.
Rayssa Pereira, 8ºB

 

PAZ
Era muito pequenina
quando a minha mãe me atirou
e uma senhora
me adotou
Esse comboio
que vai até norte
que muitas vezes
traz a morte
Com dor e preocupação
A minha mãe me
atirou, e caí no chão
Não me lembro de muita coisa
Só daquilo que me contam
Mas sei que sobrevivi
E sei que aprendi
Por isso, temos
de lutar pela paz
para não voltarmos
atrás.
Rafaela Ferraz, 6ºG 

TEXTO LIVRE

🐜 Formigas 🐜 Formiguinhas tão pequeninas Estas trabalham um montão! Sempre unidas e destemidas Elas têm de dar comida à sua mãe, a rainha linda que as criou! Elas pegam tudo! Dão melão, dão pão e algumas até feijão… Trabalham a andar e andar.. Elas nunca param, não! Apenas no inverno, param um pouco então… Nada de diversão! ou não? Formiguinhas se divertem? Elas têm de sobreviver! Elas são tão fofinhas… Não tenha medo não! Elas podem morder, mas pra quê ter medo? Nem dá para sentir, dependendo da espécie, só são medrosas e pequeninas! E os mosquitos?! Estes não dá pra aguentar, a noite inteira a atrapalhar e a picar e a coçar! Estes são insuportáveis Já as formiguinhas não… Se deres um pedacinho de comida, pra elas é gigante! Elas ficam tão felizes e nascem aos montes!🐜💖

Gabrielly Fortes, 6ºD

DO FRASCO DAS TERNURAS…

🎶 CANÇÃO SOBRE A FELICIDADE

🎶 Felicidade, você é tão “LINDA”
quando você chega o sol até “BRILHA”
quero você na minha vida, e na de todo mundo,
venha dançar comigo agora!!🎶

🎶Quando você chega, traz tantos sorrisos!!
Quando você chega todo mundo se alegra!
Abraços, beijinhos e amor.
venha aqui comigo por favor..!!🎶

🎶Felicidade, traz sorrisos e amor!
Felicidade, gratidão e diversão!!
Você é bem-vinda na minha
vida, e na de todo mundo…
é só bater na porta do meu coração!!..
traga todos a felicidade então..🎶

Gabrielly Fortes, 6ºD

UMA NOVA VERSÃO DE UM CONTO DE FADAS

Os contos de fadas são sempre a mesma coisa, uma princesa presa, até que um príncipe encantado chega num cavalo branco e salva uma princesa. Ou então há um problema no reino até que encontrem uma solução e vivem felizes para sempre. Exceto nesta história…

Era uma vez uma linda princesa que não sonhava com vestidos volumosos e cor-de-rosa, nem com a coleção completa e mais cara de chávenas de chá, nem em encontrar um príncipe que seria o “amor da sua vida”, para terem um enorme casamento e viverem felizes para sempre.

Ela sonhava ser uma guerreira, queria lutar pelo seu reino e protegê-lo. Desde muito nova, mais especificamente desde os nove anos, ela começou a treinar para que no futuro conseguisse proteger o seu reino, até que um dia, um reino vizinho decidiu revoltar-se contra o reino da princesa, conseguiu matar, expulsar, e até mesmo escravizar os que não morreram durante a guerra.

E é nesta nova e diferente versão de um conto de fadas, que no final não vivem felizes para sempre, nem ao menos vivem, pois uma pequena princesa chamada Ana, com apenas dez anos, não conseguia lutar contra um reino inteiro.

Sofia Pinheiro, 7ºA

MEDO

Ter medo

Medo de quê?

Ter medo de uma pessoa

Essa pessoa pode ser um familiar, um amigo, uma pessoa imaginária

da tua cabeça, da tua mente, da tua imaginação,

das tuas sete cabeças e mais além.

Eu tenho medo.

Medo tenho eu.

Eu tenho medo dela, mas preciso dela.

Eu odeio-a mas tenho medo de a perder.

Ela faz-me mal… mas também tenho medo de ela

nunca mais me fazer bem.

Eu falo que a odeio, mas não consigo odiá-la.

Por isso fujo, mas acabo sempre por voltar.

Laura Almeida, 7ºA

O MANUEL PERDEU UMA PALAVRA…

Um dia o Manuel acordou e sentiu-se estranho. Calçou as pantufas, vestiu o roupão e foi até à sua secretária, para escrever. Ele adorava escrever. Mas quando pegou na caneta e a pousou no seu caderno de histórias e poemas viu que não lhe saía nenhuma palavra. Primeiro olhou desconfiado para a caneta e pensou: “A caneta deve ter algum problema, se calhar ficou sem tinta“, e feito isto começou a abanar a caneta, para ver se a tinta saía. Mas depois apercebeu-se de que o problema não era da caneta, mas sim dele. Tinha perdido o seu dom de escrever. Ficou muito alarmado, nunca lhe tinha acontecido tal coisa, ainda por cima todos diziam que a sua escrita era incrível, o que diriam se vissem que perdera o seu dom.

Não, não e não, não podia acontecer!

Não conseguia viver sem a sua escrita. Para ele cada letra era um canteiro, cada frase era uma árvore, cada página era um prado verdejante e cada livro era mais uma aventura emocionante. Escrever era a sua vida e tirar-lhe isso era como tirar o chão dos pés de uma pessoa.

Ele estava muito triste, tinha perdido uma palavra… logo a palavra escrever…

Para ele, perder uma palavra era como perder uma história ou então uma vida. Mas logo se recompôs, após aquele momento tenebroso e difícil. Então o Manuel foi à procura da palavra e chamou a esta missão “A busca da palavra desaparecida” e pensou “Talvez até possa fazer disto uma história para escrever mais tarde, mas primeiro tenho de recuperar o meu dom”. Mas de nada lhe valia, já tinha procurado na horta do seu quintal, debaixo da cama, nas gavetas e nos armários de toda a casa, e não estava lá nada, não a conseguia encontrar. Desanimado, deixou-se cair na cama pensando que naquele momento nada o poderia consolar.

Mas então aconteceu algo esquisito. Deu por si a fechar os olhos e a sonhar, só a sonhar, só a sonhar, só a sonhar…

E com o quê ele sonhou? Perguntam vocês. Ele sonhou com um rapaz que perdeu o seu dom de compor músicas, como lhe tinha acontecido a ele. Mas então viu que o rapazinho tinha visto um pássaro bebé a cair do ninho e foi ajudá-lo. Ao ver o passarinho feliz com os seus pais e irmãos sentiu uma energia a subir-lhe pelo corpo e foi a correr até à sua secretária, onde compunha músicas. E então, de repente, sentiu as ideias e o seu dom regressarem-lhe e começou a escrever uma música sobre o acontecimento. E então nesse momento o Manuel acordou e foi a correr para a sua secretária fazer um poema sobre aquele sonho. Que era assim:

Não podes perder o que

Tens dentro de ti

Mesmo que penses que perdeste

Vai estar sempre aqui.

E aquilo que te

Serve de inspiração

Ficará guardado para

Sempre no teu coração.

E então o Manuel percebeu que adorava escrever e que isso fazia parte de si. Pensou “Agora já percebi! Eu só estava com dificuldade em escrever porque não tinha inspiração”.

E então meninas e meninos, se acharem que perderam alguma coisa, não a perderam!! Está dentro do vosso coração em busca de inspiração. Por isso, se perderem alguma coisa, façam como o Manuel. Um menino feliz e sonhador que adora escrever, que achou que tinha perdido uma palavra…

Rafaela Ferraz, 6º G

A TUA MEMÓRIA MAIS ANTIGA

A minha memória mais antiga é de quando era verão. A minha avó montava uma piscina, e eu ia para lá passar dois dias. A piscina tinha bichos mortos lá dentro, e eu ficava com medo de ir lá para dentro. Eu tinha cinco ou seis anos.

Bianca Dueholt, 5ºE

DIA MUNDIAL DA POESIA – 21 DE MARÇO

A BORBOLETA

Ontem eu vi uma

Hoje vi duas

Amanhã verei três

Mas nunca sabes quando as vês
 

Uma borboleta é tão linda

Com pintas ou não

É um animal único

Condiz com a união
 
É um animal tão suave

Quer aches sim, quer aches não,

Tem asas mais bonitas

Do que as de um gavião
 

Borboleta é como se chama

É um animal raro de encontrar

Tão linda que é a borboleta

Como mais a posso elogiar?
Lucas Lopes, 5ºC
 
O MAIOR DESAFIO QUE JÁ ULTRAPASSEI

Hoje venho contar

o maior desafio que 

já ultrapassei

Um dia fui à rua

e passei por um ninho

muito lindo.
 
Eu pensava que era

Um ninho normal

Mas na verdade

Era de vespas asiáticas.
 
Eu liguei para toda a gente

e ninguém quis saber.

Eu pensei muito e decidi

tentar tirar aquele ninho dali.
 
“Vai ser o meu maior desafio”

pensei eu e disse também

“Vou conseguir ultrapassar”
 
E assim foi, ultrapassei o meu 

desafio. 
 
CONSEGUI!

Ema Gil, 5ºD
 
CONTO DE FADAS

Era uma vez

Duas ou três

Num vale diferente

Em que não havia gente
 
Só uma fada lá estava

Sozinha ela morava

Margarida era como se chamava
 
Um conto como outro qualquer

Uma fada qualquer 

Num mundo qualquer

Chamado sonhar
 
Poderei não acreditar

Porém é só imaginar

Pois a fadinha consegue voar

Como uma borboleta planar
 
Um dia me perguntarei

Se a Margarida amigos encontrou

Ou se sozinha no vale está

Apenas a aproveitar
 
A magia de viver

Sonhar

Acreditar

E até mesmo de respirar
 
No início pensava

É só um sonho

Mais nada!

Até a magia acontecer

E eu ter a honra de

Margarida conhecer 

Marina Simone, 5ºD
 
AMIGO IMAGINÁRIO – A SALVAR O MUNDO

Era uma vez dois amigos

que se chamavam Diogo

e Alexandre.
 
Eles foram ver as notícias

e depararam-se com 

a televisão a dizer:
 
“Notícia de última hora, 

só resta 50% de água 

no planeta, e antigamente

era 70% de água.
 
O Diogo e o Alexandre

disseram assim:

NÃO!!!!
 
Eles começaram a dizer

que sem água não existíamos,

e foi assim que toda a gente 

teve na água um amigo imaginário. 

Diogo Vidal, 6ºB
 
MEMÓRIAS ANTIGAS

As minhas memórias

Mais bem guardadas

São aquelas 

Que surgem do nada.
 
Um dia saem da minha cabeça

Aquelas de quando eu era muito pequena,

Outro dia saem da minha cabeça

Aquelas de quando eu me vestia de rena.
 
Sempre, sempre, sempre assim

Saem do nada tal como eu escrevi,

Às vezes é chato quando aparecem

Mas não tenho stress.
 
Por vezes eu penso

Será que eu me lembro??

Hmmm, nãã

Não sei mesmo!
 

Melânia Chapolyk, 6ºD 
 
AMOR

Amor e paixão… Que borbulham no coração!

O amor dos abraços, o amor do olhar, o amor de se apaixonar…

O amor que bate na porta e quase enfarta o coração!

O amor das lambidas do teu cão. O amor dos beijinhos da tua mãe

O amor que ao fugir parte o teu coração, o amor de abraços quentinhos… 

o amor tão lindo, amor!

O amor que traz sentimentos complexos… o amor sem explicação!

O amor que ao ser compartilhado cura o teu coração!

Como borboletas na barriga, pancadas no estômago!

O amor machuca… O amor cura… O amor faz tantas coisas!

O amor é complicado, o amor é inexplicável…

O AMOR É TANTA COISA…

Gabrielly Fortes, 6ºD
 
EXPLICAÇÃO DA CHUVA 

Em um dia quente de verão

A chuva vem como uma bênção

Ela é aquela que refresca

E ao ver da janela a chuva lá fora

Posso imaginar mil coisas

E assim acabo por perder a hora
 
As gotas da chuva são delicadas

Mas com um poder imenso, parecem mágicas

Ao mesmo tempo ela leva consigo a tristeza,

As lágrimas se misturam com a leve garoa

E mesmo estando com os olhos cheios d’água,

É possível apreciar a sua beleza
 
Ela é um poder da natureza

E faz parte de um ciclo sem fim

A cada dia que passa ela muda,

Se renova de alguma forma, sim!

Pode ser granizo, neve, garoa ou chuva

Mas sempre está em constante mudança.
 
A chuva traz a certeza

Daquilo que queremos

Ela é sincera e cautelosa

Fico vendo a gravidade a agir

Porém, de alguma forma ela consegue escapar

Quando olho as poças vejo as gotas a respingar
 
Ela pode ser o que quiser

Se transformar em qualquer forma

Pode ser um copo ou um prato

Só depende do meio onde estiver

Ela é a dona do próprio nariz

Ela chove onde quer. 

Rayssa Pereira, 8ºB
 
O LADO DOCE DA CHUVA II

A bela chuva

Tão pura quanto o ar

Um som tão melodioso quanto uma música

De amor

Uma obra de arte criada pela natureza
 
Ela molha cuidadosamente o meu corpo

E rega delicadamente as plantas

O som dela a bater nas poças é relaxante

As nuvens cinzentas no céu tão lindo
 
Obrigada, natureza!

Diana Costa, 6ºD
 
TEXTO BARRADO COM…

Uma vez peguei num texto de papel 

e barrei-o com marmelada 

de seguida pus queijo francês, 

e ficou uma bela torrada 
 
Uma vez peguei num texto de papel 

e barrei-o com compota 

de seguida pus fiambre de peru, 

e ficou uma torrada janota
 
Uma vez peguei num texto de papel 

e barrei-o com manteiga

de seguida pus chocolate, 

e ficou uma torrada meiga 
 
Uma vez peguei num texto de papel 

e barrei-o com amor 

de seguida pus alegria e magia, 

e ficou mais um texto em flor.

Rafaela Ferraz, 6ºG
 

MENINA CABEÇA NA LUA

 

Ai , menina cabeça na lua

Menina cabeça na lua

Menina com a lua na cabeça

Menina sempre na rua

Sempre às avessas

No inverno

Se chovia

Lá ia a correr buscar o caderno

E o lápis, para uma poesia
 

 
No verão

Se havia sol

Lá ia a menina buscar

A caneta, que era o seu anzol
 
 

Todos os seus colegas a achavam

Um verdadeiro mistério

Um mapa sem norte nem sul

Só com uma história de génio
 
 
E sempre que pegava na

Caneta tinha uma ideia pronta

Só porque gostava de escrever

Diziam que ela era tonta
 
 
Mas a menina sem

se importar escrevia…

Escrevia… Sem nunca

Se fartar da história e da poesia
 

Sempre que falavam com ela

Ela nunca respondia porque tinha

A cabeça na lua e todos se riam

Mas ela já estava habituada

Era sempre a mesma novela.
 

 
Às vezes sem se aperceber

Dava um grito, um salto ou estremecia

Todos se afastavam

E ela ficava com a sua poesia

 
 
E se fazia algo embaraçoso

Ninguém se aproximava, nem olhar cauteloso

E depois todos diziam “Que estranha,

Deve ter comido uma aranha.”

 
 
Mas a menina segura de si

Seguia os sonhos e:

Falava sem se importar com os outros,

Sonhava sem se importar com os outros,

Escrevia e perseguia os sonhos.

 
 
E então a menina cabeça

na lua fez um poema

Sobre uma menina com a cabeça na lua

Que era um verdadeiro dilema!

Rafaela Ferraz, 6ºG
 
Uma História Com Um Amigo Imaginário 

Em um mundo tão vasto e imenso 

me sinto sozinho e cansado 

então para passar o tempo 

Eu imagino um amigo imaginário 
 
porque sei que não irá me decepcionar 

e também sei que não vai me abandonar 

No fundo ele sou eu e de um jeito ou de outro 

ele é meu amigo 

e assim nunca mais me sentirei sozinho 
 
Ele me entende 

E me compreende 

Ele é meu amigo e com ele me 

Sinto contente 
 
O que importa não é se ele existe, 

se sim ou não, 

O que importa é que ele é importante 

Pra mim como um irmão.

Rayssa Pereira, 8ºB
 
O QUE É A LIBERDADE?

Quando tens liberdade, 

Sentes que podes voar, 

Como um pássaro sem numa gaiola estar, 

Quando tens liberdade, 

Podes sempre tudo contar. 
 

 
Quando tens liberdade, 

tudo podes dizer, 

mas sem nenhuma mágoa trazer, 

quando tens liberdade, todos os 

poemas podes ler. 
 
Quando tens liberdade,

Podes sempre ir brincar, 

Mas apenas quando acabares de estudar, 

Quando tens liberdade, 

tens de ter maturidade.

Sofia Pinheiro, 7ºA

No âmbito do Dia Mundial do Livro e dos Direitos de Autor, celebrado a 23 de abril, os jovens poetas escreveram “TÍTULOS DE LIVROS MISTURADOS”:

DENTES E CHOCOLATES

 

Era uma vez dentes e chocolates. O siso estava a conversar com o canino e o canino disse que queria comer um chocolatito, e quando o siso ouviu falar em chocolate ficou cheio de fome, deliciado com o nome chocolate, e disse, eu também quero, mas como o canino era muito egoísta, disse Não, Não, Não e Não, o chocolate é só meu!, e o siso começou a chorar.

 

Bianca Dueholt, 5ºE

TODOS OS LUGARES NO CÉU

 

Era uma vez

Duas ou três

Num lugar diferente

Onde o vento sopra calmo

E a alegria suavemente

 

Imagino como será

Quando lá for viajar

Pelo céu planar

Como uma gaivota voar

 

Penso se lá há anjos

Ou se é uma ficção

Talvez seja uma lenda

Ou se calhar não

 

Gostaria de ter um mapa

Para no céu voar

Sem medo de perder a rota

Sem medo de lá chegar

 

Depois de muitos anos

Ao céu vou conhecer

Para a vontade de

saber como é lá viver.

 

Marina Simone, 5ºD

O BELO RAPAZ INVISÍVEL

 

O rapaz era invisível

E não lhe davam atenção

Ele gritava o que pedia

Mas era tal como um cão

 

Ele estava triste

E até chorou

E algo inacreditável

Até ele chegou

 

Era um génio da lâmpada

E já sabem o que acontece

E três desejos já vão

visível, bonito igual a um pavão

 

O menino desacreditou

Mas algo bom chegou

contente, bonito e real

Foi um milagre, pois visível se tornou.

 

Lucas Lopes, 5ºC

O CANTO DOS PÁSSAROS

 

Num certo dia, na incrível escola para pássaros, o passarinho que se sentava no fundo da sala, ouve uma música. Então pede à professora para ir à casa de banho, e a professora diz:

– Uau, tu sabes falar? Bom, é claro que podes ir!

– Obrigado.

Então o passarinho que se sentava lá atrás saiu do sofá, foi a correr a alta velocidade para a sala de música, e de repente vê a rapariga (pássaro), que falava sempre com ele, a cantar uma música muito bonita…

E eles dançaram, e o passarinho ganhou uma amiga para toda a vida.

 

Alexandre Timóteo, 6ºB

AS VANTAGENS DE VIVER NA ILHA DOS PÁSSAROS

 

Era uma vez um rapaz que vivia na ilha dos pássaros.

– Uau, isto é lindo, acordo com os pássaros a cantar e adormeço com os pássaros a cantar! – disse o rapaz.

Ele adorava viver ali.

Mas um dia, uma tragédia aconteceu, houve umas pessoas que pegaram em todos os pássaros e começaram a tentar vendê-los.

Um dia o rapaz descobriu e chamou toda a gente da ilha para tentar ajudar os pássaros.

– Vamos conseguir! – disse o rapaz.

E assim foi, conseguiram salvar os passarinhos.

E o rapaz voltou a acordar com os pássaros e a adormecer com os pássaros.

 

Ema Gil, 5ºD

DENTES DESCONHECIDOS

 

Como seriam os dentes,

se os pudéssemos imaginar?

Com que cores? Com que formas?

Será que poderiam cantar?

 

Seriam de que cor?

Azuis ou castanhos?

Teriam que gostos?

Ler ou fazer desenhos?

 

Teriam que formas?

Triângulos ou círculos?

Quem teriam no coração?

Amigos ou ídolos?

 

Como seriam os seus

amores verdadeiros?

Dentudos, fofos,

Brincalhões, mineiros?

 

Qual seria a sua

personalidade?

Honestos, bondosos,

inteligentes ou teriam originalidade?

 

Afinal são dentes desconhecidos,

e vão ficar assim.

Por agora teremos de utilizar a imaginação,

e esta não terá fim.

 

Rafaela Ferraz, 6ºG

O canto dos fantasmas esquecidos

 

O canto de um fantasma não é um canto assustador, verde e frio. Embora também não seja feliz, amarelo e descontraído, bem, talvez os dos fantasmas sim.

No entanto, o canto que estamos sempre a ouvir em casas abandonadas ou em parques de diversões que foram deixados para trás pela imaginação são os cantos dos esquecidos.

Cantos de horror e agonia, cantos de alguém que quer ser ouvido.

Ouvido por quem passa, por quem para e olha em volta com olhos de terror, por quem foge mesmo se os fantasmas cantem mais alto.

– Não vás – cantam eles – só quero ser ouvido… de verdade.

Porém, eles não voltam.

Porquê? Porquê criar uma árvore de palavras perdidas? Só queria cantar a minha história.

A minha história. Aquela que se for contada poderá salvar-me, poderá deixar-me descansar. Aquela que poderá salvar-me destes lugares desfeitos, desta casa, deste parque, deste baloiço, desta ilha debaixo do mar onde ninguém me pode ouvir.

No mundo em que vivo agora eu sou o rapaz ao fundo da sala. O rapaz com muitas histórias por contar, mas que é sempre abafado pelo medo que assombra as pessoas.

Nunca quis ser invisível, nunca achei que era uma vantagem.

Pelo contrário, ser invisível é um tormento que algures na linha do tempo, desejei ser.

O meu desejo tornou-se o meu castigo, o meu castigo eterno.

Canto deixando a minha voz desesperada e calma voar pelo mundo para ser encontrada por quem a quiser ouvir, sem ter de fugir.

Sarah Santos, 9ºC

BAUNILHA À CHUVA!

Ela é tão doce como baunilha, mas nunca como o chocolate, ela faz-me tão bem como baunilha, mas nunca como o morango, ela será sempre boa, mas nunca a melhor, ela fica boa com cobertura, e acompanhada, mas sozinha ela é descartada como a casca de uma banana, oca por dentro, ela até pode ser inteligente, nunca a mais bonita, nunca a melhor amiga, sempre uma opção, e quem vai querer a rapariga de olhos castanhos?

Quem vai abraçar a rapariga de cabelos castanhos?

Elas ficam sozinhas porque, afinal, baunilha sempre dançará sozinha na chuva, porque, segundo ela, mais vale só do que mal acompanhada.

Sofia Pinheiro, 7ºA

O RAPAZ À CHUVA

As minhas aulas tinham acabado. Estava agora em frente ao portão, debaixo de um toldo, para me abrigar da chuva, tinha-me esquecido de levar o guarda-chuva. Estava sozinha a tentar reunir a pouca coragem que tinha para correr para os autocarros na chuva, e tentar não me molhar. Reúno a pouca coragem que tenho e preparo-me para correr, quando de repente sinto uma mão no meu ombro e assusto-me ao ouvir uma voz estranhamente familiar

– Precisas de ajuda, anãzinha? – diz uma voz masculina atrás de mim. Jake, o meu melhor amigo, vindo diretamente de Inglaterra pelo correio.

– Já disse para parares de me chamar anã, eu não tenho culpa se tu és do tamanho de um poste! – disse, virando-me para trás, e empurrando-o, irritada.

– Sim, sim, não importa, mas queres ajuda ou não? É que eu tenho guarda-chuva e a paragem fica no caminho para a minha casa. – disse ele, tirando o guarda-chuva da mochila.

– Está bem, vamos. – disse ainda, irritada, mas feliz por não me molhar mais no caminho.

Ele bateu-me na cabeça e despenteou-me os cabelos, depois abriu o guarda-chuva e lá fomos nós debaixo do guarda-chuva a conversar.

Fim.

Diana Costa, 6ºD

APENAS UM ANO DE VOZES ANOITECIDAS

 

Foi apenas um ano, apenas um ano em que tive as vozes anoitecidas.

Chamei-as de vozes anoitecidas, pois só as tinha quando começava a anoitecer.

Até hoje não sei se as considero como as melhores ou as piores noites da minha vida.

Por um lado, elas eram a minha única companhia, somente elas conversavam comigo, mas ninguém falava comigo.

Nunca tive muita companhia, durante a minha infância ninguém gostava de brincar comigo, ninguém conversava comigo, ninguém queria fazer trabalhos de grupo comigo, olhavam para mim com um ar de julgamento.

E continuou assim até aos dias de hoje, já sou adulto, e até hoje ninguém quis conversar comigo por vontade própria. Hoje em dia já não me importo muito com isso, aprendi a viver sozinho, sem precisar de ninguém, até que as vozes anoitecidas apareceram.

Sempre que começava a anoitecer, elas apareciam e conversavam comigo.

De começo, eu tentava ignorá-las, em todos estes anos nunca conversei com ninguém, porque iria começar agora.

Mas ao longo do tempo desisti de resistir e comecei a conversar com as vozes anoitecidas, a sensação de finalmente ter alguém com quem conversar foi a melhor que já tive em toda a minha vida. Esperava sempre que anoitecesse para poder falar com elas.

Conhecia-as e elas conheceram-me, sabíamos tudo sobre ambos, não havia nada que não soubéssemos. O tempo passou rápido, até que passou um ano e elas nunca mais voltaram, foi horrível quando reparei que elas nunca mais iriam voltar.

Eu só queria que elas voltassem.

Isabela Rosu, 9ºC

Sobre livros e leituras…

AS MINHAS CASAS

Tenho um lar onde vivo com muita alegria e amor, onde vivo com as pessoas que são muito queridas para mim, o lar onde eu pertenço neste mundo imenso.

Nesta mesma casa consigo viajar para os meus outros lares. Os meus outros mundos. Mundos onde as outras pessoas veem tinta num papel imprimido várias vezes, eu vejo uma nova casa, uma nova amizade, um amor e uma família. A capa dura do meu barco e as suas folhas macias como as ondas permitem-me viajar para novos mundos de estrelas infinitas, de florestas pintadas de um verde escuro vivo. As palavras deixam-me tocar nelas, sentir o seu cheiro e calor. Deixam-me, para poder aventurar-me em naves no espaço ou em cavalos num castelo majestoso.

Porém, este mar de vozes, quando necessito, navega-me de volta para os mundos que já conheço. De volta para os braços dos meus amigos de longa data que me recebem com sorrisos e entusiasmo. Os amigos que se aventuraram comigo no passado, que se aventuram comigo no presente e que irão aventurar-se comigo no futuro.

Aventuras em terras que já conheço fazendo paragens no caminho naquela taberna onde servem as bebidas de sempre, nas casas dos meus familiares onde como a comida quente e amorosa e ouço as mesmas histórias das pessoas sábias como se fosse uma criança de novo.

Todas as vezes que pego no livro eu volto a ser essa criança que adorava ouvir histórias, de ouvir sobre mundos além do nosso, de poder saber que podia eu também criar um.

Crio mundos grandes e belos que esperam pacientemente para serem explorados. A minha criatividade escreve o mapa para as outras pessoas se libertarem e  voarem em aventuras belas como o outono, doces como o abraço de quem amamos e quentes e acolhedoras como as nossas casas.

Os nossos lares físicos ou imaginários, estarão sempre lá para nós com uma porta aberta para podermos entrar e aventurar.

Sarah Santos, 9ºC

OS LIVROS

Os livros são para mim a fonte mais fiável de todo o universo. Os livros sempre me ajudaram em todos os momentos difíceis, quando não tinha nada para fazer, etc.

Por isso e muito mais, obrigado a quem os inventou.

Agora vou aos meus tipos de livros favoritos: gosto de livros de aventuras, de banda desenhada e de comédia.

Adoro livros! Fim.

Alexandre Timóteo, 6ºB

ENCANTOS

Quando abro um livro,

Pois não consigo esperar

Com mensagens tão importantes

Que no livro vamos encontrar

 

Quando abro um livro,

Já consigo imaginar

Uma história

Que não vai acabar

 

Quando abro um livro,

Parece que fico mais sensível

Vivo o que eles vivem, sinto o que

Eles sentem, a separação torna-se

Impossível

 

Quando abro um livro,

Já consigo imaginar a aventura que

Se avizinha

Tudo pode acontecer, tudo por sentir

Não paro de ler nenhuma linha

 

Quando abro um livro,

Com ele tenho conexão

Falo a sua língua, penso com ele

E ele compreende-me desde então

 

Quando abro um livro,

Ele ensina-me e consola-me

Sei sempre que posso contar com ele

E aí ele leva-me e enrola-me…

 

… nesse fantástico mundo que é um

Encanto, cheio de surpresas.

 

Quando abro um livro,

Bebo cada letra sua,

Encanto-me com as palavras,

Que me soam a verdade nua

 

Quando abro um livro,

É incrível de se ver,

Porque ao virar as páginas,

Com belas histórias mágicas,

Não vejo o tempo a passar,

E cada página que eu virar,

Há uma história que está quase a acabar…

 

… E sem entender,

Pois sem me aperceber,

O livro eu não quero fechar.

Rafaela Ferraz, 6ºG

O CANTO DE AQUILES

 

O canto de Aquiles foi o livro que mais me fez chorar, prendeu-me a si, não conseguia ficar nem cinco minutos sem o ler. Nunca amei tanto um livro.

A escrita era incrível, a história melhor ainda, nunca serei capaz de viver sem esse livro.

Sinceramente, eu não sei se conseguiria ou não viver sem livros, eu amo ler, mas ao mesmo tempo ler livros não é algo que eu faça muito facilmente. Mas sempre que estou a ler, esse momento passa-me paz, tranquilidade e felicidade.

O meu género de livros favorito é o romance, consigo esquecer tudo à minha volta quando estou a ler um romance. Os romances fazem-me pensar como seria ter uma história de amor como aquelas.

Também amo quando o romance é triste, não sei porquê, mas romances tristes são os meus favoritos. De alguma forma, às vezes também me trazem algum conforto.

Contudo, mesmo amando livros, não sei se gostaria de ser escritora no futuro.

Prefiro áreas que envolvam a matemática. O meu sonho é no futuro estudar medicina e gostaria muito de fazer engenharia biomédica.

Mesmo amando livros e a escrita, há coisas que eu amo ainda mais, e essas são a minha prioridade.

Isabela Rosu, 9ºC

LIVRO PARTI

Era uma vez um livro que gostava muito de festas. Ele era tão divertido!

Ele estava numa biblioteca muito rica, então todos os livros eram caros. Por isso, todos os adultos achavam que os livros caros eram melhores do que os livros  baratos.

Mas só havia um livro barato, que se chamava Parti, porque ele gostava muito de festas. Mas todos os outros não gostavam dele, porque eles não gostavam de festas, e ele gostava.

Houve um dia em que um adolescente chamado Johnny roubou um livro, que era o Parti. Todos os outros livros, como não gostavam dele, não se preocuparam. Mas houve um livro que ficou preocupado e pediu socorro.

A dona da biblioteca ajudou a salvar o Parti.

Depois, o livro que o salvara e Parti foram para uma festa e ficaram melhores amigos.

Ema Gil, 5ºD

A professora Maria Manuel Reis desenhou uma menina.

Como se chama esta menina? Que nome lhe dás?

Que história é a sua?

THE HOPELESS ROMANTIC

O amor é um sentimento que arde como o fogo, é doce como o sol mas frio como o gelo. É um sentimento calmo como a lua, no entanto, agitado como um rio.

O amor é o sentimento favorito de Floribella. Floribella é uma menina bela como uma flor com uma alma alegre e um coração grande sempre pronto para ser amado.

Floribella adora todo o tipo de romances, dos clichês aos trágicos. Adora os filmes que se passam em Roma com uma princesa que vai numa aventura para se descobrir, mas acaba por encontrar o amor da sua vida ou livros em que a personagem principal com um vestido com flores corre de mãos dadas com alguém que conheceu no meio das montanhas. Floribella ama o amor, escreve sobre ele com uma caneta de desejos e com uma mente esperançosa. Floribella escreve sobre o amor com palavras doces, bonitas e cor de rosa. Todavia, às vezes, quando se sente menos esperançosa e zangada com o amor, canta sobre ele com palavras rudes, tristes e azuis.

Floribella ama tanto o amor, porque fica chateada com ele de tempos em tempos?

O amor é um sentimento quente e acolhedor, ainda assim, também pode magoar profundamente. Floribella chora sempre quando o amor separa o seu casal preferido num filme que ela já viu muitas e muitas vezes ou quando o amor mata o seu personagem preferido no livro que ela não conseguia largar. O amor também deixa Floribella a perguntar-se porquê todos à sua volta já encontraram alguém e ela ainda está à espera e à procura da sua pessoa especial. Por isso, Floribella escreve para o seu amigo zangada e desiludida com a sua situação.

Apesar disso, Floribella continua a adorar ver as pessoas à sua volta a viverem o amor, continua acordada até tarde para acabar o seu novo livro de romance, permanece no sofá com as suas pipocas na mão até o beijo romântico finalmente acontecer.

Floribella por mais que fique desiludida e triste com o amor, nunca deixou de acreditar que um dia irá encontrá-lo ou talvez já o tenha encontrado porque Floribella nunca deixou de amar o amor e o amor nunca deixou de amar Floribella.

Sarah Santos, 9ºC

A OLÍVIA

A Olívia é uma menina

que é muito bonita

e com uma saia roxa

com uma voz encantadora

 

Os chinelos são azuis

corações de todas as cores

que desenho tão bonito

foi a professora que o desenhou

 

A uma floresta ela foi

e ar puro respirou

sentiu-se tão confortável

que nisto desacreditou

 

Olívia é o nome da minha irmã

e eu gosto muito dela

às vezes é muito chata

mas ri-se como uma tagarela

 Lucas Lopes, 5ºC

A RAPARIGA

E lá ia a rapariga a andar e a cantar pelas ruas de novo, ninguém sabia como ela se chamava, quantos anos tinha, de onde era. Só se sabia que ela tinha uma voz linda, um lindo cabelo, um vestido roxo com lindas flores e uns sapatinhos azuis.

Todos amaram a voz dela, todos os dias quando ela saía à rua, as pessoas ficavam felizes e já não havia ninguém de mau humor.

É como se a sua voz fizesse milagres.

Encontrei-me também encantado com a voz dela, a sua voz não saía da minha cabeça, todos os dias pensava na voz dela e no seu lindo cabelo encaracolado.

Passavam-se meses, meses a vê-la, meses a ouvir a voz dela, e foi depois de meses que me apercebi.

Eu estava completamente apaixonado por ela.

Isabela Rosu, 9ºC

ERA UMA VEZ UMA MENINA

Era uma vez uma menina

Chamada Margarida

Era apaixonada

Sempre pensando em nada,

E distraída

 

Era uma vez uma menina

De cabelos castanhos e

cacheados

Que amava flores

E sua vida era cheia de cores

E com diversos namorados

 

Era uma vez uma menina

Seu sorriso era deslumbrante

Linda de qualquer forma

Sempre a vejo à beira da orla

Seu coração é saltitante

 

Era uma vez uma menina

Seu cabelo me fascina

E com um olhar

De amor no ar

Dispersa como a neblina.

Rayssa Pereira, 8ºB

MANÉ

Esta é a história

de uma linda menina

chamada Maria Manuel,

mas para os amigos

chamava-se Mané

 

Num certo dia, a Mané

quando para a rua ia,

escola, ela passou por

uma, escola de pássaros,

e pensou, que estranho!

 

Depois viu um cão

muito, muito

GRANDE.

 

 

Então a Mané correu

na sua direção, abraçou-o,

e foram amigos e felizes

para sempre.

Alexandre Timóteo, 6ºB

 

O CAMPO DE FLORES

Olá, o meu nome é Ana Maria, estou a brincar com a minha amiga no parque, até que reparo num campo de flores ali perto, estranho, parece que está lá alguém, viro-me para a minha amiga e digo:

– Tu não achas lindo aquele campo de flores lá ao fundo?

– Sim, realmente lindo, queres ir lá? – perguntou ela, eu afirmei com um aceno de cabeça e fomos indo para lá.

Quando lá chegámos, encontrámos um rapaz a apanhar flores e a fazer um raminho, aproximei-me e perguntei:

– Desculpa, por que é que estás aqui sozinho?

– Estou a apanhar flores para a minha mãe, é o aniversário dela. – ele responde e sorri, não sei porquê, mas o coração dele fez o meu coração bater mais rápido.

Decidimos ficar ali a conversar, fizemos coroas de flores e divertimo-nos muito.

Eu sempre achei que isto poderia acontecer. Quando ele chegava perto de mim eu ficava nervosa e parecia que o tempo parava, quando ele olhava para mim era como se não conseguisse respirar.

Eu conhecia aquele sentimento, já tinha lido muito sobre isso, e é por isso que eu quero agradecer ao campo de flores por me apresentar o meu primeiro amor.

Diana Costa, 6ºD

 

HARMONIA, ENCONTRA…

 Era uma vez uma

menina chamada Harmonia

Era doce, sensível e amena

estava coberta de alegria

 

Caracóis castanhos, recheados

de chocolate com amor,

Expressão serena e compassível

nela não existia nem um pingo de dor

 

Harmonia encontrava…

sensibilidade

nas pessoas

mais insensíveis

 

Harmonia encontrava…

generosidade

nas pessoas

mais egoístas

 

Harmonia encontrava…

humanidade

nas pessoas

mais perversas e irracionais

 

Harmonia encontrava…

amor e esperança

em tudo o que havia

no mundo…

 

… E ao ver o melhor nessas pessoas e animais,

um coração voava até ela, e contava-lhe uma história

com diferentes finais…

Rafaela Ferraz, 6ºG

NOTÍCIAS

Clube dos Jovens Poetas

O Clube dos Jovens Poetas iniciou os seus trabalhos no início deste ano letivo. Neste…

Ler notícia completa